Samoa


O Estado Independente de Samoa é um pequeno país independente da Oceania.

A Oceania é o menor continente do mundo, formado principalmente por ilhas, formando aproximadamente 9 milhões de km². O continente é conhecido como “Novíssimo Mundo”. Já que foi descoberto depois das Américas, conhecidas como Novo Mundo. Tem representado na Australia sua maior ilha.

O continente possuí 14 países e 22 dependências. Samoa é um dos países independentes, porém conta com uma pequena ilhota chamada de Samoa Americana que ainda é mantida pelos Estados Unidos.

As ilhas no geral possuem uma cultura rica e inúmeras curiosidades, como o fato de nenhuma delas possuir fronteiras terrestres, sendo totalmente separadas pelo oceano.

As ilhas de Samoa estão localizadas ao sul do Oceano Pacifico, na zona etnogeografica da Polinésia. O Estado consiste em nove ilhas vulcânicas, tendo em Savai’i e Upolu, 99% de seu território terrestres. Está última é lar de três quartos da população do país e de sua capital Apia. A Leste dessa ilha está a ilha de Samoa Americana que pertence aos EUA.

O país possuí aproximadamente 178 mil habitantes, sendo 93% de samoanos, e 7% de descendentes de outros polinésios e de Europeus.

Samoanos.


Seu governo é uma república parlamentarista e sua economia gira em torno da agricultura e do turismo. Mas o país está em uma ascensão em aspectos socioeconômicos.

Falar na História das culturas dessas ilhas é algo muito complicado, pois, existem pouquíssimos estudos sobre o assunto. O país adquiriu sua independência somente em 1962 e ainda assim foi a primeira ilha a conseguir isso. Porém sua história está entrelaçada a dos polinésios e se torna impossível falar em Samoa sem falar da polinésia.

A polinésia é uma área geográfica formada em torno do povo étnico-linguístico de mesmo nome. Essa área abrange uma das três grandes áreas pelas quais é dividido a Oceania (Polinésia, Micronésia e Melanésia). Também conhecida como triangulo da polinésia tem como seus vértices os territórios da Nova Zelandia, do Havia e de Rapa Nui (ilha de pascoa).

Mas de onde vieram os Polinésios?

A partir de estudos de DNA e de analises das línguas, estima-se que os Polinésios teriam migrado a aproximadamente 4 mil anos do sul da China, atual Taiwan para a ilha de Nova Guiné. Dali, para as ilhas Salomão, Samoa, Fiji, Tonga e assim por diante.

Esses povos foram provavelmente os primeiros a utilizar as estrelas, a interpretar os voos das aves, a formação das ondas e até mesmo as cores das nuvens para poderem navegar. Utilizando de um navio chamado “Vaka”, esses povos saiam para explorar o oceano à medida que seus locais de origem já estavam começando a ficar muito populosos. Estima-se que levavam consigo tudo que possuíam, desde animais domésticos e plantas.  

Existem muitos pesquisadores que acreditam que eles tenham chegado até Madagascar, muito provavelmente até mesmo nas Américas devido as similaridades do DNA deles com dos nossos nativos.

Voltando a Samoa.

Estima-se que os polinésios teriam chegado as ilhas de Samoa a 2 mil anos atrás, sendo que os europeus só chegariam em 1700 d.C.. Mas só acarretariam problemas para as ilhas a partir de 1830 com a chegada dos missionários e comerciantes ingleses.

Em 1889, Britânicos, Estado-unidenses e Alemães fariam a convenção tripartida de Samoa, entregando a parte leste para os Estados Unidos e a Oeste para a Alemanha. Com a derrota da Alemanha na primeira guerra, a parte Oeste de Samoa passou a ser administrada pela Nova Zelandia, até que em 1962 conseguiria sua independência sobre a alcunha de Samoa Ocidental.

Somente em 1997 se tornaria Samoa.

Mesmo com a chegada dos Europeus, os samoanos ainda mantêm uma forte ligação com sua identidade e sua cultura histórica. Seus sistemas sociais, de linguagem, cultos ainda são muito ligados ao dos polinésios antigos.

Como exemplos dessa cultura podemos citar a religiosidade e as tatuagens.

Embora o país tenha o cristianismo como principal religião hoje. A população ainda acredita que tudo no mundo possuí uma energia chamada “mana”. Esse poder é a capacidade inata de fazer algo. Esse poder também pode ser encontrado nos animais, nas plantas, nas arvores, na natureza no geral. Ele traz consigo a ideia de Tabus, algo extremamente sagrado que não pode ser quebrado de jeito nenhum dentro da cultura desses povos.

As tatuagens são uma forma de linguagem, mostrando os feitos das pessoas, de qual ilha a pessoa partiu, qual sua linhagem, sua hierarquia, suas aventuras.

Escrever sobre os povos polinésios no geral é uma aventura. Inúmeros Antropólogos se debruçaram sobre esses povos, fazendo suas pesquisas em busca de compreender essas culturas tão diversas e tão mistificada pelo conhecimento ocidental. Porém, nós ainda estamos muito distantes de compreender minimamente as logicas inerentes dos rituais que eles ainda hoje mantêm.

Essas ilhas se tornam de certa forma um exemplo a ser seguido de identidade e tradição, sobrevivendo em um mundo cada vez mais superficial e homogêneo.

 

Referências:

https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/acervo/saiba-mais-trajetoria-polinesios-oceano-pacifico-699885.phtml

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/paises-da-oceania.htm

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/samoa.htm

https://www.infoescola.com/oceania/polinesia/

https://www.infoescola.com/oceania/samoa/

 

Referências imagens:

https://www.istockphoto.com/br/foto/praia-tropical-com-coqueiros-e-casas-de-praia-em-samoa-upolu-gm949400730-259170696

https://en.wikipedia.org/wiki/Samoans


 

O Conto da Aia

 


Margareth Eleanor Atwood é uma escritora e critica literária canadense internacionalmente conhecida, tendo recebido inúmeros prêmios por seus livros. Nascida em Otawa e filha de um Entomologista, passou boa parte da sua infância próxima de florestas tendo estudado somente na oitava série, onde era uma voraz leitora dos irmãos Grimm e de livros de mistério.

Margareth Atwood.
Se decidiu por ser escritora aos 16 anos. Aos 18 chegava ao Victoria College, na Universidade de Toronto onde estudaria Artes e Inglês e publicaria seus primeiros poemas no jornal da universidade. Em 1961 ganharia sua primeira medalha por seu livro de poemas. Tornou-se mestra pela Radclife College de Harvard em 1962, onde continuaria seus estudos em pós-graduação até abandona-los antes de terminar sua dissertação.

Atwood lecionou língua e literatura inglesa em várias universidades da Inglaterra. Além disso recebeu diplomas Honoris Causa de varias universidades como a Sorbonne na França e a de Oxford na Inglaterra.

A autora tem em “O conto da Aia” seu maior sucesso literário que lhe garantiu três prêmios de ficção cientifica. Embora a própria autora não considere seu livro uma ficção cientifica.

Ela é considerada uma das maiores autoras Canadenses da atualidade, tendo sido chamada para iniciar um projeto Norueguês chamado “Future Library” onde 100 grandes autores vão escrever um livro por ano até o lançamento do projeto em 2114. Atwood escreveu o primeiro livro em 2014 do qual só sabemos o nome “Scribbler Moon”.

O Conto da Aia foi escrito em 1985 e até hoje nunca deixou de ser publicado. É considerado para a maioria dos críticos uma Ficção cientifica, porém a autora o coloca como uma ficção especulativa, na qual descreve um mundo ficcional, porém possível de acontecer. O livro foi banido em alguns momentos, mas virou filme, opera e atualmente é uma serie premiada no Streaming.

Capa da serie atual.
 

O livro retrata a história de uma república cristã militar. Onde em um futuro próximo um atentado terrorista matou o presidente e todo o congresso estado-unidense. Um grupo fundamentalista cristão chamado “Os filhos de Jacó” tomou partido desse golpe e suspendeu a constituição iniciando uma “restauração e ordem”. O grupo rapidamente criou um Estado totalitário, militar e hierárquico fundamentado em um fanatismo religioso ligado ao antigo testamento cristão. Dentro desse regime os direitos humanos são severamente limitados e os das mulheres são ainda mais restritos.

O livro é o relato de uma mulher que pertence a uma classe de mulheres denominadas “aias”. Essas mulheres conseguem ter filhos em um mundo onde a grande maioria da população é estéril e por isso são brutalmente subjugadas pela classe dominante, doutrinadas para serem propriedades de seus “comandantes” e depois dar seus filhos para serem criados pela família do “comandante”.

A “aia” relata a sua vida ao chegar à casa de seu terceiro serviço. Através de memorias, relata sua vida antes e pós golpe. A forma como a elite politica orquestro o golpe e foi aos poucos retirando os direitos das pessoas. E as diferentes formas de vida das mulheres dentro do regime.

No final do livro vemos um historiador em um futuro um pouco mais a frente analisando o relato da “aia” e tentando compreender como a sociedade se tornou daquela forma e como as coisas se transformaram em tão pouco tempo.

Atwood extrapola uma sociedade que nós já conhecemos.

Uma sociedade onde muitas pessoas são vistas como posses e possuem funções especificas e hierárquicas representadas por suas classes sociais e gênero. Dentro desse sistema rígido poucos possuem real liberdade para tentar fugir dessa lógica. Os poucos que possuem o fazem através de pequenas atitudes que os dão uma pequena parcela de vida.

A autora nos coloca frente a injustiça e a inversão de valores da elite do governo. Que utiliza de seu poder para formular um sistema doutrinário que funciona somente para uma parcela muito pequena da população e exclui a grande maioria dela. Para a grande maioria sobra somente as opções de servir ou tentar lutar em uma batalha insana que nem de longe melhora a vida dessas mulheres.

Uma dessas formas de luta também se da através da figura da “tia”. As “tias” sendo mulheres idosas e já estéreis para não serem descartadas acabam por doutrinar as mais jovens para serem “posses” e obedecer. Essa figura se aproxima da figura real do “capitão do mato” que como negro, cassa outros negros para o branco. Uma figura hipócrita e covarde em sua origem, que cassa os seus para entregar ao dominante.

Já dizia o filosofo não existe dominante sem a ajuda do dominado. A nossa sociedade de hoje está repleta desse tipo de pessoa. Nós comumente os vemos nas redes sociais e na grande mídia.

Além disso o livro critica o egocentrismo e o narcisismo dos homens da elite que culpam as mulheres por falhas que são deles. Desde o inicio da narrativa notamos como a falha não está na “aia”, mas sim no “comandante”. Fato esse que se comprova ao final do livro.

Porém a “aia” acaba por tomar a culpa. Fato esse que vemos na nossa sociedade hoje, onde as classes de baixo sempre tomam a culpa, sendo que a falha da sociedade está principalmente na classe dominante.

Um país como o nosso por exemplo nem possui uma elite intelectual. Possuí somente uma elite financeira muito fraca intelectualmente e conceitualmente.

Digno de citação também vemos a autora trazendo no epilogo aquilo que nós chamamos de História dos perdedores. Mostrando como a História pode também pensar as pessoas comuns e simples da sociedade para através delas criar um quadro social do mundo em sua época. Não somente utilizando as pessoas “extraordinárias” como por muitos anos a ciência histórica o fez.

O Conto da Aia é um livro que nunca sai da prateleira por conter uma critica que nunca sai da moda.

Uma crítica a uma sociedade que nunca muda de verdade.

A uma sociedade que continua a ser injusta e com valores cada vez mais invertidos.

A autora realmente tem razão é uma ficção especulativa e eu diria que não é futurista.

Estamos vendo isso acontecer no presente.

 

Referências:

https://rocco.com.br/produto/o-conto-da-aia/

https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Handmaid%27s_Tale

https://pt.wikipedia.org/wiki/Margaret_Atwood

 

Referências das imagens:

https://lulunettes.wordpress.com/2015/10/03/livro-o-conto-da-aia-margaret-atwood/

https://www.britannica.com/biography/Margaret-Atwood

https://painel.play.uol.com.br/series/2195-o-conto-da-aia

https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/o-que-e-totalitarismo


Viagem ao centro da terra


 

“Não é de novos continentes que a Terra precisa, mas de novos homens!”

 

Julio Gabriel Verne, o pai da ficção cientifica.

Mente brilhante por trás de aventuras antológicas como "Vinte mil léguas submarinas", "A volta ao mundo em oitenta dias" e claro, “Viagem ao centro da terra". Suas aventuras se tornaram clássicos por uma mescla de conhecimento científico, aventuras fantásticas e futuristas e ainda por refletir sobre o desenvolvimento dos homens e como isso afeta o nosso mundo.

Julio nasceu em 1928, em Nantes, França. O mais velho de cinco irmãos, frequentou a faculdade de Direito em Paris. Porém, não seguiu a carreira se dedicando principalmente aos escritos.

Já, durante a faculdade escreveu sua primeira peça 'Les pailles rompues" que foi encenado com a ajuda de nada mais nada menos que Alexandre Dumas, outro monstro dos romances (Os três mosqueteiros, O conde de monte cristo).

Julio Verne.

Verne teve sua primeira de três paralisações faciais em 1855 ano em que começou a trabalhar na bolsa de valores com a intenção de desposar Honorine de Viane, com quem teria seu único filho.

Em 1859 junto com seu amigo Hignard, Julio iniciou suas viagens a Inglaterra, a Escócia e futuramente a Noruega. Viagens essas que funcionariam como pano de fundo para a confecção de suas obras.

A fama só chegaria em 1862, com a publicação de seu primeiro clássico "Cinco semanas em um balão". Viagem de balão que Verne faria em 1873.

Julio faleceu como vereador em Amiens em 1905.

O autor escreveu uma lista de obras clássicas voltadas principalmente para o público infanto juvenil, mas que fascinam muitos adultos.

Viagem ao centro da terra é um de seus livros mais conhecidos.

Publicado em 1864, sendo o quarto de seus romances, tem inúmeras adaptações para o cinema, sendo a mais famosa com Brendan Fraser como personagem principal. Além disso alguns de seus personagens mais famosos também são representados em outras adaptações cinematográficas, como o Capitão Nemo em "A liga extraordinária".

O livro é narrado por Axel, sobrinho do famoso cientista Otto Lidenbrock. Este encontra um antigo pergaminho de um alquimista islandês chamado Arne Saknussemm. Depois de desvendar o código escrito em runas por Saknussemm, Otto e Axell se lançam até a Islândia, onde juntos com Hans, um guia multihabilidades local, se lançam para dentro do vulcão Sneffels em busca do "impossível".

O livro é uma mistura de conhecimentos científicos e fantasia. Durante toda a viagem, Verne faz um panorama geológico e mineralógico incrível, descrevendo a estratigrafia das rochas de maneira brilhante conforme os viajantes vão penetrando na terra. Ao mesmo tempo que nos monstra um mundo impossível dentro da terra, com animais vivos, oceanos e o que aparenta ser um humano.

O ceticismo de Axel em acreditar cegamente na ciência, versus o otimismo de Otto em querer ver para crer, e a obediência de Hans que mesmo frente a uma provável morte, continua a seguir seu contratante, nos faz refletir sobre questões envolvendo nossas próprias crenças e ideias.

Além disso Verne também nos coloca em reflexão sobre a natureza em um mundo intocado pelo homem, e suas mudanças no momento em que o homem finalmente consegue alcança-la.

 

Referências:

https://www.amazon.com.br/Viagem-centro-terra-J%C3%BAlio-Verne-ebook/dp/B00A3D0932/ref=sr_1_2?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=3CTRTQ80JP2SV&dib=eyJ2IjoiMSJ9.pW9nlPR_JOqQfe2fWGIB07ohKRPysjcvrvtCFVykODQlMiyp8WTed9iw3zBmKCBLE9OjMpM3T6xcVnxXXHyssba62P51GDxV85sJf0srdZOgJyGLlxdBelTsENrKEKTbef6iPZ9F7HSqoC6XYYnM2A52U76AXZTyYnhzDsQEFiw_a6xUfq-_7ymh4an8N7Zx4RsqYHaSVByCRQgl49sTcD__NSgk7Kkn6Ne03-v2l0M._32FSyQIS8sJh7L_LPwaEuto0EZh4cRvRskawWOo1jk&dib_tag=se&keywords=viagem+ao+centro+da+terra+lpm&qid=1720374043&s=books&sprefix=viagem+ao+centro+da+terra+lepm%2Cstripbooks%2C360&sr=1-2

https://www.portugues.com.br/literatura/julio-verne.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Viagem_ao_Centro_da_Terra

 

Referências das imagens:

https://brasilescola.uol.com.br/literatura/julio-verne.htm

https://www.lpm.com.br/site/default.asp?Template=../livros/layout_produto.asp&CategoriaID=816351&ID=929081

Guerra do Sudão : Crime humanitário

 


Esse texto possuí uma opinião própria sobre inúmeras questões sociais, sem o intuito de usar discursos padrões ou politicamente correto, nem escrever o que a grande maioria quer ouvir.

Então aqueles que pretendem ler coisas desse tipo, saiam agora do texto e não continuem.

  

Nos últimos dias as mídias convencionais vincularam notícias sobre a maior crise humanitária da história moderna estimando-se mais de 18 milhões de pessoas com fome aguda no Sudão.

Mas o que realmente está acontecendo lá?

Parece que estou tendo um dejavú. Pois novamente me pergunto cadê os cidadãos de bem das redes sociais que não falam nada sobre as pessoas que estão passando fome lá?

Cadê os defensores dos fracos e oprimidos que, pra apoiar genocida são uns leões, mas agora pra apoiar crianças desnutridas são uns gatinhos assustados.

Pra defender uns milionários inúteis brigando por bobagem, tem tempo, agora pra defender o povo, falta. E os milionários que não tem mais o que fazer da vida além de espalhar fake news e gastar dinheiro com bobagem, por que não estão ajudando?

Essa gente pode ajudar, tem fundos e formas de fazê-lo, por que ficam perdendo tempo brigando por bobagem e gastando dinheiro com coisas inúteis? Todo esse dinheiro jogado fora poderia salvar o país inteiro.

O mundo se perdeu. A sociedade se perdeu. Essa porcaria desse sistema fracassado que defende competição e individualismo só pode gerar:

Guerra, crise e violência.

 

Depois desse breve desabafo que aliás como eu disse parece um dejavu, embora da outra vez tenha sido com o Iêmen, voltemos ao Sudão.

 

Em meados de 2004 o ex-presidente Omar Al-Bashir mobilizou uma milícia árabe de nome Janjaweed que opera até o momento na região de Dafur. Essa milícia, da qual as RSF de hoje em dia possuem raízes amplas, foi criada com o intuito de impedir uma rebelião de grupos não-árabes na região. Porém, estima-se que durante a época, mais de 300 mil pessoas desses grupos de minorias étnicas foram assassinadas. Além do estupro ter sido amplamente utilizado com o intuito de aterrorizar as comunidades negras.

O governo e a milícia negaram as acusações e como nossa boa justiça funciona que é uma beleza, ninguém foi condenado.

É a Disneylandia é só negar e fica por isso mesmo.

Em 2019 o Sudão entrou em um outro momento tenso quando protestos de rua e um golpe militar derrubaram o presidente Bashir depois de três décadas.

Criou-se um governo cívico-militar conjunto.

Em 2021 esse governo foi novamente derrubado por uma união entre as RSF, uma força paramilitar sudanesa criada baseando-se nos preceitos dos Janjaweed e o exército convencional do país. Mas, os dois discordaram sobre a proposta de mudança do regime político.

Em abril do ano passado, as RSF reposicionaram seus membros por todo o Sudão. O exército convencional entendeu isso como uma ameaça e a guerra começou.

Dali em diante foram bombardeios de ambos os lados sem se preocupar com nada, nem ninguém. Além disso as RSF promovem um genocídio étnico, principalmente contra os povos Masalit.

As RSF estupram as mulheres com a intenção de deixa-las aterrorizadas e matam todos que são de minorias étnicas negras.

Povo Sudanês tentando fugir dos crimes do país.
A ONU (que nunca faz nada que preste, afinal só se preocupa consigo mesma) e os EUA (idem a primeira) afirmam que ambos cometeram inúmeros crimes de guerra. Mas claro que os dois lados negam.

Enquanto isso o povo está passando fome. O país está entrando em uma crise humanitária gigantesca. Não há alimentos, não há empregos, não há como se sustentar, bombas caem diariamente nas ruas.

Relatos de mães vendo seus bebês recém-nascidos desnutridos e a beira da morte. Será que esses monstros desses milionários e desses governantes não tem filhos? Será que eles não conseguem entender a dor de ver um filho agonizando a beira da morte por falta de comida?

Parece-me que os governantes e essa gente que tem dinheiro (não podemos nem os chamar de gente na real) são monstros insanos, que vendem até crianças por poder. Bom, no Brasil vimos um deles literalmente matar a mãe por ideologia. O inferno é pouco pra esse tipo de monstro. E para que?

Quem vencer a guerra vai comandar o que?

Será que o ego desses monstros não entende que não vai sobrar nada pra essas bestas comandarem?

E os cúmplices que fingem não ver isso? Que podem ajudar, mas fecham os olhos?

Agora claro, pra postar bobagem no twitter e postar fotinho de "somos todos Ucrânia, ou somos todos Israel" isso sabem.

Vai lá Tio Sam, destrói o mundo e leva esses sem cérebro das redes sociais junto.

A natureza tem razão em tentar se livrar do ser humano.

A única coisa que eu me pergunto é se essas pessoas realmente acreditam que estão certos e se elas realmente não sabem por que tanta catástrofe acontece ao mesmo tempo.

A questão é a seguinte: é burrice ou canalhice?

Fica a dúvida. Mas eu apostaria na segunda.

 

Referências:

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/03/22/tem-150-pessoas-enterradas-aqui-e-conhecia-quase-todas-so-eu-sobrei-o-inferno-da-guerra-esquecida-no-sudao.ghtml

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/sudao-podera-ter-a-maior-crise-de-deslocamento-do-mundo-diz-agencia-da-onu/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Omar_al-Bashir

 

Referência das imagens:

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/04/sudao-esta-em-guerra-civil-entenda-conflito-que-matou-mais-de-500-pessoas.shtml

https://www.acnur.org/portugues/2024/04/12/milhares-de-pessoas-ainda-fogem-do-sudao-diariamente-apos-um-ano-de-guerra/

Orgulho e Preconceito

 


Orgulho e Preconceito é o livro mais famoso da brilhante autora inglesa Jane Austen, escrito originalmente sobre o nome "First Impressions" em 1797 quando sua autora tinha menos de 21 anos. Mas só foi realmente publicado em 1813, já sobre o nome "Pride and Prejudice". Estima-se que o livro possua mais de 2 milhões de copias e exerce um tremendo fascínio nos leitores da atualidade. O livro teve inúmeras adaptações para o cinema.

Jane Austen nasceu em Steventon na Inglaterra em 1775, era a sétima filha de um pároco de oito irmãos. Jane pertenceu a uma família da nobreza agraria e sua vida serviu como base e cenário para a grande maioria de seus livros.

Pintura de Jane Austen

A história nos mostra como Elizabeth Bennet lida com a vida na sociedade de sua época. Sendo a segunda filha de um proprietário rural na cidade fictícia de Meryton, em Hertfordshire.

As mulheres desse período eram consideradas moedas de troca onde os pais e maridos conseguiam vantagens e interesses através desses arranjos. Assim o casamento se torna figura central na história. Onde por um lado as mulheres tem como obrigação se casar cedo com o melhor partido possível e por outro os homens buscam as vantagens que um casamento possa lhes trazer.

Nesse contexto a autora nos mostra muito mais do que um romance, mas também uma crítica social de sua época.

Elizabeth assume a figura central do livro, como uma mulher forte, destemida, estudiosa e leitora nata que embora compartilhe da lógica da cultura de sua época, não abandona seus sonhos e desejos por vantagens monetárias ou de visibilidade. Fato esse representado pela sua recusa a dois pedidos de casamento, do clérigo Collins e do Sr Darcy.

Mas a força das mulheres não está só em Elizabeth, pois, também vemos essa perspectiva em suas irmãs, que embora façam escolhas não muito boas como sua irmã Lydia, tem total controle de suas vidas e seus destinos. 

A genialidade de Austen também nos coloca de frente a 4 tipos diferentes de casamentos.

Tendo na figura do famigerado Collins e da amiga das Bennets, Charlotte Lucas, como um casamento sem amor, um casamento por puro interesse de ambos os lados. Onde Charlotte se sente velha para casar e Collins não se preocupa com a mulher com a qual quer casar, tendo simplesmente decidido casar como uma obrigação devido a sua posição como pároco.

Já Lydia e Wickham nos mostram um casamento por imaturidade, por impulsividade da parte da mulher e interesse financeiro por parte dele. O segundo foge da cidade por questão de dividas e é seguido por Lydia onde se casam fora sem pensar nas consequências e naquilo que isso viria a acarretar no futuro. Ambos personagens de caráter duvidoso. Wickham não possuí nenhum interesse na mulher, gerando um arrependimento futuro para a Bennet.

Vemos também o casamento de Jane e Bingley que embora possua amor, nos demonstra dois personagens muito calmos, ingênuos e serenos. A ponto de serem manipulados e influenciados por aproveitadores e amigos durante toda a história. Representados principalmente pelas figuras respectivamente da irmã de Bingley e de Darcy.

Elizabeth e Darcy, filme de 2005.
E por último vemos o casamento por amor de Elizabeth e Darcy. Os dois personagens muito aflorados no seu "orgulho e preconceito". Ambos deixando bem claros seus preconceitos representados pela opinião e julgamentos de Elizabeth ao ouvir história sobre Darcy sem nunca ter tirado a limpo a veracidade delas. Ao mesmo que tempo que vemos em Darcy seu orgulho e arrogância de aristocrata que vê desvantagens e vergonhas sociais pra aproximar-se dos rurais Bennets, tanto para ele quanto para seu nobre amigo Bingley.

Vemos também a relação dos pais nesse contexto. Onde a Senhorita Bennet contribui e muito para os preconceitos de Darcy, já que em busca de um casamento rico para suas filhas, acaba as envergonhando inúmeras vezes durante o romance. O Senhor Bennet um homem reservado e avido leitor que negligencia e muito a criação de suas filhas, deixando-as nas mãos das ideias da Senhora Bennet. O que contribui também para o caráter de Lydia.

Assim como vemos a relação de Darcy e seu finado pai, aristocrata, preconceituoso, mimando seu filho a ponto de o transformar em um homem arrogante, egocêntrico e vaidoso.

Ao longo da trama vemos a relação de Darcy e Elizabeth que entre discussões, orgulho e preconceito acabam por se entenderem e fecharem a história se casando na tão sonhada Pemberley.

O retrato que Austen nos demonstra de sua época é extremamente poderoso. Ela nos dá um panorama da cultura social de sua época, ao mesmo tempo que suas personagens mesmo tendo sonhos comuns para essa sociedade, buscam serem donas de si mesmas, lutando e criticando a cultura de sua sociedade.

 

Referências:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Orgulho_e_Preconceito

https://www.amazon.com.br/Orgulho-Preconceito-Jane-Austen/dp/8544001823

https://www.google.com/search?q=orgulho+e+preconceito&rlz=1C1GCEB_enBR1073BR1073&oq=orgulho+e+preconceito&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIHCAEQABiPAjIHCAIQABiPAtIBCTM2NjFqMGoxNagCCLACAQ&sourceid=chrome&ie=UTF-8

 

Referências das imagens:

https://brasilescola.uol.com.br/literatura/orgulho-e-preconceito.htm

https://www.techtudo.com.br/guia/2023/07/onde-assistir-a-orgulho-e-preconceito-relembre-enredo-e-elenco-do-filme-streaming.ghtml

https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/jane-austen.htm

O deserto

 



O deserto. Ao longe vejo os raios do sol brilhando. O vento sopra quente.

Mesmo com a roupa me protegendo ainda sinto seu poder sobre mim.  

Ao longe uma caravana. Nômades. Uma família. Parecem conversar felizes. Aparentam rir e se divertir enquanto guiam sua caravana de camelos.

À medida que me aproximo rapidamente seus olhares me encontram e sorriem para mim...

A caravana já ficou para trás, ainda posso vê-los se afastar pelo meu retrovisor.

A visão me faz refletir sobre a vida.

O que é felicidade de verdade? O que é realmente necessário?

Eles têm uns aos outros. Seus animais, o deserto.

Nós diríamos que eles são pobres. Que não têm nada, que são atrasados, retrógrados, não civilizados.

Mas será que realmente são? Será que não estamos invertendo as coisas?

Afinal eu que me encontro sozinho nessa máquina. As luzes artificiais de minha companhia brilham várias e várias vezes. Enquanto seus sorrisos desaparecem rapidamente em meu retrovisor.


*Conto de autoria própria.

Referência da imagem:

https://www.shutterstock.com/pt/search/tuareg

Samoa

O Estado Independente de Samoa é um pequeno país independente da Oceania. A Oceania é o menor continente do mundo, formado principalmente ...