Olho para as ondas do oceano.
Ouço seu som quebrando na beira da praia.
No horizonte um navio que para a minha visão parece pequeno.
Um céu vazio de nuvens, uma ou
duas pandorgas. Sorriu com o pensamento que ainda há jovens que brincam com
elas.
Um vento leve corta o sol
escaldante que nos maltrata nessa praia cheia.
Cheia de pessoas. Inúmeras. De
todos os tipos. Nenhuma se enxerga, nenhuma se vê.
Invés de fugirem do sol
escaldante, usando o presente que a terra nos deu. Se escondem em sombras
forjadas e celulares frios.
Mas a pessoas no mar. Crianças.
Elas sim, brincam e se divertem de verdade. Sem o peso do mundo. E das escolhas
idiotas.
O oceano. Presente da natureza.
Nos refresca, nos brinda com seu louvor. É incrível pensar no quão imenso ele
pode ser. E o quão pequeno nós somos.
Aqui sentado à beira do mar,
sentindo a água gelada em meu corpo. Olhando para as tatuíras se escondendo na
areia quando a água retorna. Penso nas baleias, nos tubarões. Como é incrível
algo tão grandioso existir em baixo daquelas águas. Aquelas mesmas águas que em
baixo do meu corpo parecem tão rasas.
Seres tão incríveis, dos quais
sabemos tão pouco. E nem mesmo nos interessamos em saber, perdidos com nossos
brinquedos luminosos e nossas sombras artificiais.
Oceanus, Gaia, Uranus. Um mundo
vivo. De uma engenhosidade perfeita. Que nos dá carona. Nos proporcionando
possibilidades incríveis em nosso pequeno sopro de vida.
É uma pena que desperdiçamos a
carona.
Um brinde as baleias, aos
tubarões e as tatuíras. Talvez um dia possamos seguir seu exemplo e nadar
juntos nessa imensidão azul.
*Conto de autoria própria
Referência da imagem:
https://br.freepik.com/fotos-premium/uma-baleia-no-oceano-com-um-peixe-ao-fundo_46795902.htm
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