Acelerando...

 


A vida se passa pela janela do carro. A sinaleira está fechada, à minha volta inúmeras pessoas solitárias dirigindo seus carros. Alguns sofrem com o calor do dia, outros até conseguem ter um ar-condicionado em sua caixa de fósforo solitária.

Olhando para um lado vejo um jovem sentado no ônibus com ar-condicionado lendo seu livro. Ele ainda não chegou lá, na vida. Ainda não tem sua caixa de fósforos solitária. Ainda pega carona no ônibus, sentado no ar-condicionado, sem se estressar com o trânsito e ainda vai chegar ao destino. Enquanto eu estou aqui sem ar-condicionado, tentando sobreviver a pessoas que às vezes me pergunto como conseguiram ganhar o direito de dirigir. Será que o dinheiro compra tudo mesmo?

Olho do outro lado da janela, um casal...

Mas não dá tempo de pensar sobre, pois, a sinaleira abriu a dez segundos e já ouço a primeira buzina atrás de mim. Tenho que acelerar.

E lá vou eu, acelerando. Como tudo no mundo, acelerando cada vez mais.

Tempo para respirar. Respirar o que? Pedras? Carvão? Dióxido de Carbono?

Outra sinaleira. Dessa vez na minha janela uma revendedora de carros anunciando o carro do ano. Esse é última geração, deve ter mais uns dois ou três botões para justificar o novo endividamento.

            Gastem o dinheiro que vocês não têm, para comprar aquilo que vocês não precisam. Para chegar no mesmo lugar do jovem em paz no ônibus.

Em contraste alguns vasos na frente da loja, já que as árvores que outrora estavam ali já morreram. Provavelmente elas só queriam respirar. Mas o que?

Outra buzina nas minhas costas. Esse não deve estar com muita pressa. Até esperou vinte segundos.

E lá vou eu, digo, lá vamos nós, acelerando novamente...


*Conto de autoria própria

Referência das imagens:

https://outraspalavras.net/cidadesemtranse/automovel-alienacao-edistopia/

https://br.pinterest.com/pin/297589487891811017/

Noite distante


Vejo um gato à espreita na rua.

Ele me observa a distância por alguns segundos.

Até que salta e senta-se em uma pedra a uns 100 metros de onde eu estou. Um movimento até mesmo gracioso. Ele então começa a falar enquanto se lambe.

- Aquela que você procura não está mais nesse lugar.

Depois de alguns segundos observando a cena. Confesso que achei até bonitinha. Ele havia pousado em um tipo de cordão com um símbolo irreconhecível no escuro e àquela distância. Abaixo dele um nome e um epitáfio que eu também não conseguia ler.

O cheiro da morte entrava pelas minhas narinas. Dava para sentir o vento da noite fria e nublada.

- Esperava vê-la mais uma vez.

- Chegou tarde. Ela já foi levada.

Ele continuava a se lamber em cima da pedra.

- Por que ainda está aqui?

Ele pareceu não ligar para minha pergunta, simplesmente continuou ali.

Até que de repente uma presença se ergueu na escuridão as minhas costas. Finalmente o gato se mexeu se ouriçando todo, miou firme como uma forma de defesa e saiu em disparada. Senti meu corpo congelar e calafrios subirem por todo ele. Virei-me lentamente na direção da presença.

Um vulto estava em pé a minha frente agora. Ele não possuía forma. Lembrava chamas negras brotando do chão.

Meu coração disparou com a visão. Meus músculos enrijeceram. Meu corpo queria sair daquele lugar, mas o pânico havia me paralisado.

Uma voz cavernosa saiu do vulto.

- Queria me ver? Em que posso lhe ser útil?

Eu poderia jurar que vi um sorriso maligno no vulto em meio a escuridão.

Tentei acalmar meus sentidos que estavam todos gritando enlouquecidamente. Depois de alguns segundos encontrei um sorriso em meio a tremedeira do meu corpo. Mais alguns segundos até encontrar a voz.

- Preciso de uma última ajuda sua.

Eu pude sentir o sorriso em meio as chamas negras. E de repente um rugido soou alto, parecia vir do vulto. Um vento congelante veio em minha direção e passou por mim. Meus cabelos voaram para trás. Meu corpo todo se enrijeceu com o frio da noite e então voltou ao normal. Meu rosto parecia espelhar o sorriso que senti nas chamas. Quando me virei, o gato me encarava sentado a pedra.

Seu olhar parecia estar irritado e reprovando minha atitude.

Eu dei as costas e segui meu caminho para fora daquele lugar.

***

A menina perdida se afastava. Agora distorcida e manchada. Uma chama negra em sua alma. Na pedra abaixo de mim o rosto de uma menina contorcido de tristeza e desesperança.

Os humanos se perdem facilmente frente ao poder.

Eu podia ouvir as risadas daquela alma obscura encher o local, enquanto os ventos rolavam frios pela noite.


*Conto de autoria própria

Referência da imagem:

https://br.freepik.com/fotos-premium/gato-preto-atravessando-um-cemiterio_70908876.htm


A vida não é útil

 


Livro escrito por Ailton Krenak, em meio a pandemia do Covid-19 e publicado pela Companhia das Letras em agosto de 2020. O livro foi organizado por Rita Carelli e contém cinco textos adaptados de palestras, entrevistas e lives feitas em novembro de 2017 e junho de 2020.

Ailton Alves Lacerda Krenak OMC, mais conhecido como Ailton Krenak, é um líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta, escritor brasileiro da etnia indígena krenak e Imortal da Academia Brasileira de Letras. Ailton é também professor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e é considerado uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro, possuindo reconhecimento internacional.

Ailton Krenak

Krenak vem se tornando um dos mais influentes pensadores brasileiros da atualidade, trazendo ideias fundamentais para lidarmos com os desafios do mundo de hoje. Seu livro "Ideias para adiar o fim do mundo" já vendeu mais de 50 mil cópias e está sendo traduzido para várias línguas pelo mundo afora.

Um daqueles livros extremamente fáceis de ler, daqueles que a gente começa a ler e não para antes do fim dele. Com uma linguagem simples e direta. Ailton não tem papas na língua e não se esconde atrás de palavras bonitas e de ideias socialmente aceitas. O livro é um soco no estômago para muitos, um daqueles que nos deixa incomodados com um sistema fracassado que não só destrói a nossa vida como também destrói a do nosso planeta.

A vida não é útil, traz em seu título uma crítica a ideia do homem branco de que o "trabalho é a razão da existência" e nos faz questionar o que é importante de verdade para nossa vida. Somos obrigados a produzir mais e mais, acelerar mais e mais, destruir o planeta mais e mais. Fazemos tudo que nos disseram que "é útil" e esquecemos de fazer aquilo que é importante de verdade para nós.  Nas palavras de Ailton "O pensamento vazio dos brancos não consegue conviver com a ideia de viver a toa no mundo. Acham que o trabalho é a razão da existência deles. Eles escravizaram tanto os outros que agora precisam escravizar a si mesmos" (KRENAK, pg. 62).

Crítico feroz da ideia de que a economia não pode parar. Nos traz a reflexão sobre o quanto esquecemos que o nosso planeta é um organismo vivo que pode nos eliminar quando quiser e assim mesmo nós o estamos destruindo. Consumindo a vida do nosso planeta, estamos consumindo a nós mesmos.

Muito se falava em novo normal, o próprio Krenak no livro tem esperança de que aprendamos. Agora sabemos que não aprendemos, que a pandemia não ensino nada as pessoas. Que nós voltamos ao normal. Voltamos a consumir o planeta, a correr para nossa extinção impulsionados por nas palavras do próprio krenak "governos burros que acreditam que a economia não pode parar...".

O coronavírus provou que somos parasitas arrogantes, a terra nos diz: “Vocês piraram, se esqueceram quem são e agora estão perdidos achando que conquistaram algo com os brinquedos de vocês” (KRENAK, pag. 35), nos da uma oportunidade de pensar. E o que a gente faz? Ignora e continua fazendo a mesma bobagem. Seguindo idiotas bilionários, empresários que matam suas próprias mães por dinheiro.

O agro não é pop. A sustentabilidade é uma mentira criada para satisfazer o ego de empresários que não se importam nem com o futuro de seus próprios filhos. Afinal como diz Krenak "não dá para comer dinheiro".

A terra tem vida, a terra é mãe. O ser humano em sua arrogância confundiu as coisas. Não somos nós que controlamos ela, e ela que nos deixa viver. O Covid mostrou isso, ela nos disse "Vamos lá respirem agora quero ver" (KRENAK, pag. 11). E aí? Acabou a arrogância, acabou o dinheiro, acabou tudo.

Ailton e os povos nativos sabem algo que nós esquecemos a muito tempo. Dinheiro não compra vida. E nós estamos jogando a nossa fora.

 

Referências:

KRENAK, Ailton. A vida não é útil.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ailton_Krenak

Referências de imagens:

https://123ecos.com.br/docs/quem-e-ailton-krenak/

https://www.politize.com.br/ailton-krenak/

Cibercultura - Reflexões sobre uma nova cultura

 


A Cibercultura é um fenômeno contemporâneo nunca antes experimentado pela sociedade como um todo, mas o que é realmente a cibercultura? Esse é um conceito extremamente amplo que traz uma mudança cultural gigantesca para a sociedade. Se torna quase impossível discutir todas as questões envolvidas no assunto à medida que não temos ainda uma concepção firme das suas implicações.

Pierre Levy
Na concepção de Pierre Levy, um dos maiores estudiosos da área. A cibercultura é um conjunto de técnicas, materiais e intelectuais que se desenvolvem dentro de um ciberespaço. Ela é um fluxo de ideias, ações e representações entre pessoas conectadas a uma rede.

Com o avanço das redes e o crescimento exponencial desse ciberespaço esse conceito ganha cada vez mais poder dentro da nossa sociedade. Representado pelos celulares que adentraram dentro das nossas casas de uma forma exponencial, as redes se tornam cada vez mais algo do cotidiano, com a qual as vezes se torna até complicado viver distante dela. Estamos nos tornando "ciberhumanos". Não ciberhumanos como nos filmes ou como o Cyborg das histórias em quadrinhos, mas ciberhumanos no sentido de que cada vez mais o espaço cibernético é uma parte essencial daquilo que somos.

Os jovens são uma representação forte desse conceito. Hoje eles estão experimentando uma forma de comunicação completamente nova. Uma forma de comunicação introduzida em tempo recorde se pensarmos na sociedade como um todo. Pois, essa mudança ocorreu em questão de uns dez ou vinte anos. Diferente do passado onde as mudanças aconteciam lenta e gradualmente. Esse talvez seja mais um fenômeno introduzido pela cibercultura. Aquilo que o próprio Levy chama de desterritorização. Afinal, hoje os jovens não precisam mais ficar preso a um círculo limitado de referências, podendo ter contatos até mesmo fora do país. Seja isso bom ou ruim.

Mas vamos organizar um pouco melhor as ideias.

Que fique claro que o ciberespaço e a cibercultura não é um fenômeno atual. Essa cultura vem se modelando desde os anos 70 com a criação dos primeiros microchips, porém esse modelamento ainda assim seguia uma limitação espacial própria da época. Com o crescimento da globalização e finalmente com o boom dos celulares atuais, a cibercultura ganha uma proporção nunca experimentada na humanidade. Alguns de nós ainda lembra de 20 anos atrás, dos celulares de flip pesados e com antenas enormes. Os jovens de 16 anos de hoje já não sabem mais o que isso significa.

A ideia de desterritorização não é um fenômeno da cibercultura propriamente dito.  Este é um conceito que aparece na globalização com o intuito de aproximar principalmente o mercado de trabalho que acabou por ser incorporado pelos usuários das redes domesticas.

Esse boom trouxe uma mudança cultural gigantesca, influenciando todas as esferas da sociedade. Forçando pelo menos a maior parte da sociedade a uma adaptação ao novo mundo. Mas também trazendo inúmeras questões que nós como espécie nunca havíamos enfrentado.  Novos paradigmas, novas angustias, ideias com as quais a sociedade agora necessita lidar e compreender. O mundo físico agora começa a ser colocado em cheque.

Os jovens hoje em alguns casos já descartam o mundo físico para uma ampla gama de atividades, pois, as redes possibilitam esse movimento. Experiências extra territoriais. Hoje podemos visitar um museu na França sem sair do nosso quarto. Mas, isso nos faz cada vez mais dependentes, chegando ao ponto de não conseguirmos mais nos separarmos. Em alguns casos até mesmo somos dominados por ela.


            Cria-se dessa forma um tipo de "realidade virtual" onde cada vez mais parece que o ciberespaço é o mundo verdadeira, de relacionamentos, lazer, as vezes até trabalho. Enquanto que o mundo físico se torna uma espécie de subrealidade da qual precisamos frequentar esporadicamente, em alguns casos até contra a nossa vontade. Essa separação das duas "realidades" nos traz inúmeros questões simbólicas, culturais e até mesmo sociais.

Essa realidade virtual nos traz um tipo de "ciberdemocracia" parafraseando Pierre Levy. Está, talvez uma das formas mais igualitária de democracia, pois, agora todos tem possibilidades de terem voz, basta ter um celular, é possível dialogar sobre qualquer coisa a qualquer momento. Este talvez seja um dos principais pontos positivos desse novo mundo cultural. Porém, em contraparte essa "ciberdemocracia" traz para a luz a nossa pior face, à medida que a sociedade desde sempre vive uma briga infinita entre o saber e o acreditar. Sendo o primeiro o conhecimento adquirido na relação experiência-educação e o segundo aquilo que nós acreditamos que sabemos.

Mundo virtual X mundo real

Por exemplo, nós sabemos como é jogar uma partida de futebol à medida que entramos no gramado e sentimos o que é estar lá, mas podemos acreditar que sabemos o que é isso através de uma representação da situação em nossos vídeo games, celulares e computadores. 

Essa concepção nos mostra uma relação cíclica entre mundo físico e mundo virtual. Uma relação que deveria ser experienciada da maneira mais equilibrada possível. Aqui utilizando a palavra equilibrada no sentido de intercalar entre ambas. Não tendendo mais para um lado ou para o outro. Mas, como conseguir esse "meio termo" em um mundo que acelera cada vez mais.

Essa questão nos leva de encontro com a relação entre a educação e a cibercultura. A educação hoje precisa encarar o desafio de trazer para seu cotidiano a cibercultura. Não a excluir, mas utiliza-la no intuito de ensinar o caminho para que nossos filhos possam usufruir dela da melhor maneira possível. Hoje se fala muito em "fake news", não que isso seja um fenômeno recente, afinal manipulação politico-ideológica existe desde que a sociedade nasceu, porém, a cibercultura maximizou esse processo à medida que mantem um leque gigantesco de informação. Porém, informação e conhecimento não é a mesma coisa. O papel da educação é ensinar os jovens a transformar todo esse poder informacional em conhecimento.

Inúmeras vezes excesso de informação é quase tão ruim quanto não ter nenhuma se não temos a capacidade de transformar essa informação em algo útil. Acabamos por nos cegarmos, ou até mesmo agindo tendenciosamente.

O problema que se ergue para a educação não é uma guerra contra a nova cultura vigente, mas sim uma forma de ensinar nossos alunos a usufruir dela. Nesse sentido entramos em mais um dilema, nós sabemos usá-la? Quer dizer nós como adultos, jovens-adultos sabemos realmente utilizar as redes de uma forma proveitosa? Ou simplesmente estamos cegos frente a tanta informação sem termos habilidades ou ferramentas para filtra-las. Se nós como adultos, pais, professores não conseguimos filtra-las para darmos exemplos a nossos alunos e filhos, como poderemos ensina-los?

Uma nova forma de educação


Pierre Levy também traz o conceito que ele chama de inteligência coletiva. Ou seja, a internet como democracia igualitária está migrando para uma forma de inteligência homogênea e única. Pela primeira vez na história todos tem oportunidade de falar e serem ouvidos. A questão é, somos realmente ouvidos? Quero dizer a oportunidade está aí, a possibilidade é inegável. Mas ainda assim há uma minoria que se ergue como principais influencias nas redes, e essa minoria não houve uma maioria que ganha seus quinze minutos de fama geralmente através de humor e humilhação.

Isso gera uma nova tendencia social. De um grupo de pessoas que faz tudo que pode e que não pode. Muitas vezes gastando o que tem e o que não tem em uma corrida desenfreada por curtidas. Acarretando um novo problema social do tipo posto logo existo. Essa corrida desenfreada acaba por gerar uma exclusão como o grupo daqueles que não conseguem participar dela.

Se parar para pensar esse fenômeno se torna muito parecido com a nossa forma de capitalismo selvagem que vemos nas empresas e industrias. Sim, o ciberespaço está cada vez se tornando mais um produto do capitalismo selvagem, que cada vez mais migra do mundo físico para o mundo virtual. De tal forma que pressiona nossos jovens principalmente, a entrarem nessa corrida angustiante. E aqueles que não fazem parte dessa corrida ou são excluídos do mundo "moderno" ou acabam por terem que se contentar com empregos cada vez mais desvalorizado.

Mas e a educação? E as vantagens das redes? E a informação?

As redes nos dão as possibilidades de informação infinita. Até mesmo de um aprendizado mais dinâmico, à medida que nos dá a possibilidade de interagir e de darmos nossa opinião sobre tais questões. Porém, o principal desafio da educação é dar suporte a utilização de maneira construtivo dessa ferramenta. A internet precisa ser vista como uma ferramenta para a educação. E os professores e pais precisam apreender a utilizar essa ferramenta em benefício de seus alunos e filhos.

A geração que teve que enfrentar a transição entre um mundo mais lento e esse mundo acelerado, entre o mundo do jogar bola na rua, para o mundo do vídeo game ainda encontra muita dificuldade em lidar com essa mudança, em se adaptar. Criando assim uma certa dificuldade em se colocar como guias da nova geração. Afinal não podemos ensinar aquilo que não sabemos. Isso joga nas nossas crianças e nos nossos jovens um peso gigantesco de ter que aprender por si próprios a lidar com um turbilhão de informações, de mudanças e de uma aceleração constante. Além disso há a pressão pelo novo modo de vida, “posto logo existo”.

Então a cibercultura possui inúmeras vantagens e possibilidades. Mas ainda parece que são possibilidades para o futuro. Pois, nesse momento ainda não sabemos como lidar com essas mudanças. Engessamos essas possibilidades espelhando nela um sistema falido como o nosso sistema político-econômico. A tão sonhada "ciberdemocracia” e “inteligência coletiva” de Pierre Levy acaba por se perder frente a imposição do sistema e dos poucos que ainda mantem o controle dos muitos.

A internet deveria ser vista como uma ferramenta para virar essa balança. A internet nos faz enxergar um mundo novo, um caminho novo, rico de possibilidades. Mas, se não mudarmos nossa mentalidade, senão estivermos abertos para que o novo entre. Se continuarmos engessando o novo através de sistemas ideológicos falidos e antiquados. Tornamos a cibercultura só mais um movimento de vanguarda que será substituído por outro futuramente, como vimos inúmeras vezes durante nossa história.


Referências:

https://ojs.latinamericanpublicacoes.com.br/ojs/index.php/jdev/article/view/77/69

https://edisciplinas.usp.br/mod/glossary/showentry.php?eid=1866#:~:text=A%20cibercultura%20%C3%A9%20a%20cultura,as%20comunidades%20virtuais%20se%20constituem.

https://posdigital.pucpr.br/blog/pierre-levy

Referências das imagens:

https://ieducacao.ceie-br.org/interatividade/

https://ieducacao.ceie-br.org/formacaodocente/

https://pt.pngtree.com/freebackground/human-brain-versus-cyber-brain-concept-science-design-photo_10926432.html

https://pierrelevyblog.com/2021/03/26/gigantes-da-web-sao-novo-estado-diz-pierre-levy/


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